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O que é Cross Docking: Como e Por Que Implementar?

Essa estratégia de armazenamento e distribuição necessita de galpões específicos para os processos de recebimento e expedição de carga

Com as proporções que a eficiência logística tomou, saber o que é cross docking é essencial para garantir a satisfação dos consumidores e maximizar o lucro do fornecedor.

Imagine que você montou uma pequena operação de e-commerce para comercializar determinado tipo de mercadoria como forma de fazer uma renda extra. O negócio foi crescendo e se profissionalizou e, em pouco tempo, se tornou o seu principal ganha pão.

Entretanto, a garagem da sua casa, onde você armazena, separa e embala os pedidos, ficou minúscula. E agora, como fazer essa logística de distribuição?

Apostar no cross docking é uma forma de otimizar este processo e, ainda, facilitar a logística das entregas. Que tal saber mais sobre o assunto?

O que é cross docking?

O cross docking é um tipo de sistema de preparação e distribuição de pedidos. Ele é considerado uma revolução logística, pois reduz ao máximo o estoque e agiliza a entrega ao cliente final.

Com ele, a mercadoria é distribuída ao usuário sem sequer passar por um período de armazenamento.

Qualquer produto pode ser preparado e distribuído dessa maneira, desde matérias-primas, artigos acabados ou peças que vão para fábricas, lojas físicas ou clientes finais.

O sistema também atende aos os setores secundários e terciários da economia, como:

  • vestuário;
  • eletroeletrônico;
  • farmacêutico;
  • alimentício;
  • moveleiro;
  • higiene e limpeza.

Vale lembrar que as operações de cross docking atendem a diferentes unidades de carga, como caixas, paletes, embalagens plásticas, isopor, e assim por diante.

Como funciona o cross docking?

Usando o exemplo do início desse artigo, na prática, o Cross Docking funciona assim: quando um cliente compra determinado produto no seu e-commerce, ele é enviado a uma central de distribuição ou a um armazém. No local, por meio de um sistema organizado de redistribuição, ele é despachado para o cliente.

Dessa forma, o item permanece no centro de distribuição ou armazém por um curtíssimo prazo após o seu recebimento. Ele nem chega a ser colocado em estantes, eliminando o processo de picking (coleta e combinação de cargas).

Para executar a operação, é necessário apenas cruzar as docas do armazém. É daí que vem o termo cross docking.

Para fins de comparação, em uma cadeia de suprimentos tradicional, o armazém é usado para estocar uma grande quantidade de mercadoria até que o pedido seja ativado pelo consumidor, em um fluxo descontínuo de oferta e demanda.

Leia também: Galpão logístico ou industrial? Quais são as diferenças?

Quais os tipos de cross docking?

Para atender às mais diversas demandas dos fornecedores, o universo logístico tem se adaptado. É por isso que foram surgindo novas formas de executar as operações do sistema de distribuição cross docking.

Os diferentes tipos de armazenamento da atividade de cross docking são:

Cross docking pré-distribuído

Esse modelo é o cross docking puro e mais simples que existe. Nele, os produtos são recebidos e enviados o mais rápido possível, sem acumular os artigos em estoque.

As unidades de carga já chegam do fornecedor preparadas e organizadas, de acordo com a demanda final, e exigem pouca intervenção dos funcionários da central de distribuição ou armazém.

Cross docking consolidado

Neste caso, as mercadorias são recebidas e separadas, devendo ser manuseadas para de adequar à demanda final.

No exemplo do início desse texto, é como se a mercadoria chegasse ao armazém semi-pronta. Lá, elas são conferidas, separadas e reembaladas. Essa etapa é feita em um local chamado de área de acondicionamento.

É só após serem adequados que os pedidos vão para a expedição.

Cross docking híbrido

Quando se trata de uma operação híbrida, estamos falando de um tipo de cross docking mais complexo, que exige uma coordenação eficaz.

Ao chegar no armazém, o produto passa pela área de acondicionamento e, de lá, uma parte da mercadoria é expedida, e uma parte vai para um local de armazenamento temporário — uma espécie de estoque flexível.

A ideia é que os itens não fiquem muito tempo armazenados, razão pela qual essa é uma excelente opção para mercadorias de saída rápida.

O que é galpão cross docking?

Depois de compreender o que é cross docking, fica fácil imaginar que o galpão logístico que serve como centro de distribuição ou armazém deve ser adaptado para realizar essa rápida transferência de cargas.

Nesses galpões cross docking, há docas instaladas em duas laterais opostas, que permitem o fluxo ideal dentro do espaço: de um lado acontece o recebimento dos produtos e do outro, o embarque para o destino final.

Como o fluxo de caminhões é alto, os galpões devem estar localizados estrategicamente, facilitando o escoamento da frota, e contar com um bom número de docas para atender a demanda no menor tempo possível.

Quais as vantagens e desvantagens do cross docking?

Essa estratégia de armazenamento vai ao encontro da eficiência logística, que é um grande diferencial competitivo para qualquer setor nos dias de hoje.

O sistema é capaz de reduzir custos, uma vez que reduz a necessidade de movimentação, de estoque e de espaço. Consequentemente, tudo isso economiza tempo, tornando o processo mais ágil, e diminui riscos e erros de gerenciamento.

Entretanto, para que o cross docking seja de fato vantajoso, é preciso de sincronia entre os fornecedores e a demanda. Também é preciso realizar o processo em dependências em boas condições para que não haja perdas. Além disso, o investimento em tecnologia para atualizar dados referentes ao processamento de estoque é obrigatório.

Conhecendo o que é cross docking, uma empresa pode obter resultados significativos. Antes de aderir, é importante analisar a cadeia de abastecimento e contar com galpões de confiança para a necessária integração de transporte, fornecedores e clientes.

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