8 tipos de estoque para organizar as mercadorias
Adotar diferentes estratégias para gerenciar o armazenamento de produtos pode ajudar a evitar perdas e aumentar a vantagem competitiva de sua empresa.
É comum que muitos empreendedores e gestores possuam dificuldade com os diferentes tipos de estoque e não entendam muito bem como adotar as melhores práticas para aperfeiçoar o desempenho logístico da empresa.
Identificar, entender e planejar as variações do estoque é fundamental para atender aos clientes da melhor forma. Afinal, esses processos são refletidos diretamente na disponibilidade das mercadorias e nos prazos estipulados.
Neste texto, você vai compreender os 8 principais tipos de estoque e sua respectiva finalidade, em quais situações cada um é indicado e por que a forma de armazenar insumos e produtos tornou-se algo tão importante nas empresas.
8 tipos de estoque que sua empresa deve conhecer
Dependendo do segmento do negócio, diferentes estratégias para o sistema de armazenamento podem ser adotadas. Assim, é importante conhecer os diferentes tipos de estoque e quando eles são indicados. Confira:
1. Estoque de antecipação (ou sazonal)
No estoque de antecipação, também chamado de sazonal, a produção ou a aquisição dos produtos ocorrem de forma antecipada a algum evento em que há previsão no aumento da demanda.
Esse tipo de estoque é bastante utilizado em datas como Black Friday, Natal, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia das Crianças, etc.
De acordo com dados da Revista E-commerce Brasil, a principal data comemorativa do calendário brasileiro é o Natal. Para se preparar para esse e outros picos de venda, é preciso que o estoque esteja sob medida de forma a evitar escassez de produtos.
Um erro no planejamento pode significar prejuízo caso as vendas não ocorram como o esperado. Esse modelo é utilizado ainda como contingência, quando existe a possibilidade de interrupção no fornecimento de algum item.
2. Estoque de ciclo
O estoque de ciclo é uma ótima opção para organizações com alta rotatividade de produtos e que precisam lidar com demandas diferentes dependendo do período do ano. Aqui, o foco é em otimizar o estoque de acordo com a necessidade.
Muitas indústrias que operam em diferentes estágios do setor produtivo também utilizam o estoque de ciclo, pois alguns itens podem não ser fabricados de maneira simultânea, mas serão comercializados posteriormente.
Em uma empresa do setor automotivo, por exemplo, os componentes são fabricados e estocados em ciclo, para que estejam disponíveis no momento certo para serem utilizados no produto final, que é o automóvel.
3. Estoque de proteção (ou isolador)
Esse tipo de estoque é o mais comum nas empresas e tem como finalidade protegê-las em cenários em que há muita ou pouca demanda. Ele também garante segurança em caso de problemas com o fornecedor de um determinado item, seja para produção, comercialização ou para a prestação de serviços.
Para montar um estoque de proteção, é necessário adquirir os produtos antecipadamente, em volume suficiente para lidar com eventuais baixas de fornecedores ou alta nas demandas. Essa estratégia é ideal para situações como alta dos preços, elevação súbita na demanda e eventuais greves.
Uma vez compreendidos quais produtos vendem mais e quais vendem menos, planeja-se um estoque de proteção, também conhecido como estoque isolador.
4. Dropshipping
O conceito acompanha o crescimento dos e-commerces e de tendências como os marketplaces. Aqui, o consumidor realiza a compra em uma loja virtual, que encaminha o pedido ao fornecedor, que, por sua vez, entrega em nome da loja.
O e-commerce nesse caso pode ser encarado como um intermediador entre o consumidor e o fornecedor, sem precisar investir na gestão de estoque. É essencial, no entanto, contar com boas parcerias para atender às demandas e entregar no prazo. Nesse caso, não há o intermédio de um centro de distribuição.
5. Estoque de canal (ou de trânsito)
Considerado um tipo de estoque intermediário, o estoque de canal, ou estoque de trânsito, lida com os produtos que estão no trajeto entre a sua origem e o seu destino final, isto é, entre o fabricante e o revendedor.
Um contêiner em um navio ou um caminhão de transporte são considerados estoques de canal. E, enquanto o produto está nesses veículos, ele é responsabilidade da empresa.
Providenciar um sistema de checklist para auxiliar nas atividades logísticas e na gestão do estoque é imprescindível para criar roteiros e acompanhar em tempo real a localização das mercadorias.
6. Estoque inativo
Produtos inativos são aqueles que não tiveram demanda. Com o tempo, se tornam obsoletos, apenas ocupando espaço no galpão ou local de armazenagem, sem trazer lucro para a empresa. Na verdade, há custos envolvidos em seu armazenamento, causando o prejuízo.
Como lidar com o estoque inativo? Aqui, estratégias de marketing e vendas são fundamentais. Os itens podem ser liberados em promoções, ou utilizados como brindes em compras acima de determinado valor. Se nada disso for possível, entre em contato com o fornecedor e busque negociar a troca.
7. Estoque máximo
Atua sobre a quantidade máxima de produtos que podem ser estocados por um período de tempo previamente determinado, como, por exemplo, até a data do próximo pedido.
O estoque máximo é muito utilizado para a negociação de descontos em compras maiores e para empresas que operam com a capacidade máxima de seu armazenamento, seja por motivos financeiros ou devido ao armazenamento disponível.
8. Estoque consignado
O estoque consignado é o único tipo de estoque que não é de posse da empresa, mas a propriedade dos produtos continua sendo do fabricante. Mantido por terceiros, esse é um modelo vantajoso para quem está começando um negócio e busca entender melhor como se comporta o consumidor.
Outra vantagem é que o comprador pode manter um estoque elevado, pois é possível que os produtos que não foram vendidos sejam devolvidos. Os itens abastecidos pelos fornecedores são distribuídos conforme a demanda do cliente final.
Como definir o melhor estoque para seu negócio
Procurar conhecer bem os diferentes tipos de estoque existentes é um caminho importante para quem busca mais eficiência nas operações logísticas, antecipando demandas e diminuindo custos e perdas.
Para que a empresa consiga entender o contexto no qual está inserida e aproveitar as oportunidades de mercado, é necessário identificar os produtos mais vendidos e os insumos mais utilizados nos processos.
Afinal, quando faltam produtos, o cliente acaba buscando outro vendedor. Ao mesmo tempo em que, quando há estoque demais e produtos parados, a empresa está perdendo dinheiro.Agora que você já compreende melhor os diferentes tipos de estoque, é hora de aprender a ter mais eficiência na hora de distribuir os produtos, para evitar o temido estoque inativo. Entenda como aumentar a eficiência da logística de distribuição na sua empresa.